Glaucoma: como prevenir e tratar a principal causa de cegueira permanente

27/05/2025
Dr. Bruno Novaes Azevedo, oftalmologista cooperado da Unimed Prudente — Foto: Arquivo Pessoal

Ele é um “ladrão silencioso da visão” e, muitas vezes, quando percebido, os danos já são irreversíveis. O glaucoma é uma doença crônica e progressiva que afeta o nervo óptico, que é a estrutura responsável por transmitir as imagens captadas pelos olhos até o cérebro. Na maioria dos casos, a doença está relacionada ao aumento da pressão intraocular, comprometendo as fibras nervosas ao longo do tempo. Para ajudar você a combater o glaucoma, a Unimed Presidente Prudente compartilha algumas orientações.

Conforme o oftalmologista especialista em glaucoma e cooperado da Unimed Prudente, Bruno Novaes Azevedo, o glaucoma não causa sintomas nas fases iniciais, torna o diagnóstico desafiador. “Por isso, muitas pessoas descobrem a doença apenas quando já houve perda significativa do campo visual e, infelizmente, os danos causados são irreversíveis. Por essa razão, o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento oftalmológico regular”, destaca.

O oftalmologista explica que a perda visual começa pelas bordas do campo de visão e avança progressivamente. “Quando os sintomas se tornam evidentes, como visão em túnel ou dificuldade para enxergar em ambientes com pouca luz, os danos já são irreversíveis”, reforça.

Tipos de Glaucoma

O especialista conta que o glaucoma pode se apresentar de diferentes formas que variam quanto à causa, idade de início e características clínicas. São elas:

  • Glaucoma de Ângulo Aberto: É o tipo mais comum. A pressão intraocular aumenta de forma lenta e progressiva, geralmente sem sintomas. Costuma afetar adultos acima dos 40 anos.
  • Glaucoma de Ângulo Fechado: Menos frequente, mas mais agressivo. Causa aumento súbito da pressão intraocular, com sintomas como dor ocular intensa, olhos vermelhos, náuseas e visão turva. Exige atendimento imediato.
  • Glaucoma de Pressão Normal: Ocorre mesmo quando a pressão intraocular está dentro dos níveis considerados normais. Ainda assim, há dano ao nervo óptico.
  • Glaucoma Congênito: Está presente desde o nascimento. Sinais de alerta incluem olhos maiores que o normal, lacrimejamento constante e sensibilidade exagerada à luz.
  • Glaucoma Juvenil: Inicia-se na infância ou adolescência e pode estar associado a alterações genéticas.
  • Glaucoma Secundário: Resulta de outras doenças ou condições oculares, como inflamações, traumas, cirurgias oculares ou uso prolongado de corticoides.

Fatores de Risco

Assim como outras doenças, o glaucoma pode ser mais facilmente desenvolvido em alguns grupos de pessoas. De acordo com o oftalmologista cooperado da Unimed, os principais fatores de risco incluem:

  • Idade acima de 45 anos
  • Histórico familiar da doença
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Trauma ocular
  • Uso prolongado de corticoides (em colírios, comprimidos ou pomadas)
  • Etnia negra (maior risco para glaucoma de ângulo aberto)
  • Etnia asiática (maior risco para glaucoma de ângulo fechado)

Como prevenir e tratar o Glaucoma

A única forma de evitar a perda visual irreversível causada pelo glaucoma é com diagnóstico precoce e controle adequado da pressão ocular, conforme salienta o especialista. “Quanto mais cedo for detectada a doença, maiores são as chances de preservar a visão. Por isso, a prevenção por meio de exames oftalmológicos regulares é fundamental, especialmente para pessoas com fatores de risco”, destaca.

Para ter um diagnóstico, é necessária uma avaliação oftalmológica completa. Alguns exames fundamentais para identificar a doença incluem: Medição da pressão intraocular (tonometria); Avaliação do nervo óptico através do exame de fundo de olho; Campo visual; e Tomografia de coerência óptica (OCT). “Esses exames são importantes mesmo na ausência de sintomas. Por isso, consultas oftalmológicas periódicas são essenciais para a detecção precoce da doença”, enfatiza.

Uma vez diagnosticado o glaucoma, é preciso iniciar o tratamento para controlar a pressão intraocular e evitar a progressão da perda visual. As opções incluem:

  • Colírios de uso diário (para reduzir a produção ou aumentar a drenagem do humor aquoso);
  • Laser (trabeculoplastia ou iridotomia, dependendo do tipo de glaucoma);
  • Cirurgias (como a trabeculectomia ou implante de dispositivos de drenagem) nos casos em que o controle com colírios ou laser não é suficiente.

O tratamento deve ser contínuo e monitorado regularmente pelo oftalmologista.

Por fim, dr. Bruno reforça que “a principal recomendação é manter uma rotina regular de consultas com o oftalmologista, mesmo que não haja sintomas aparentes. Cuidar da saúde ocular envolve também o controle de doenças sistêmicas como diabetes e hipertensão, evitar automedicação, e estar atento ao histórico familiar. A prevenção ainda é o melhor caminho para proteger a visão”.

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