Infecção urinária: prevenção é essencial para evitar complicações

30/06/2025
Dor pélvica e desconforto são sinais de infecção urinária — Foto: Freepik

A infecção urinária está entre as mais comuns no Brasil. Todos estão suscetíveis à condição, mas as mulheres são a maioria dos casos. Se não for tratada adequadamente, pode causar grande desconforto e até evoluir para uma sepse — quando a infecção se espalha e atinge outros órgãos. O cuidado e a prevenção são as melhores atitudes, e a Unimed Presidente Prudente, por meio de sua Medicina Preventiva, traz dicas importantes.

Conforme explica a enfermeira Camila Nascimento, da Medicina Preventiva, a infecção urinária é causada por microrganismos, geralmente pela bactéria Escherichia coli (E. coli), que vive no intestino. “Ela começa pela bexiga e vai subindo até chegar ao rim, quando são casos mais graves”, diz.

Qualquer pessoa pode ter infecção urinária em algum momento da vida, mas as mulheres são mais vulneráveis devido a questões anatômicas e fisiológicas. “A uretra da mulher, ou seja, o canal por onde sai o xixi, é mais curta — entre 3 a 5 cm — e, pela proximidade com a vagina e o ânus, facilita o acesso das bactérias ao trato urinário”, explica a enfermeira.

Outro fator que favorece o surgimento da infecção é a higiene íntima inadequada ou excessiva, com o uso de sabonetes e duchas íntimas. Além disso, mulheres na menopausa e gestantes, que sofrem queda nos níveis de estrogênio, ficam mais propensas à infecção urinária.

Sobre a higiene íntima incorreta, a enfermeira ainda acrescenta que ela ocorre, por exemplo, ao se limpar de trás para frente ao ir ao banheiro.

Os fatores de risco incluem malformações urinárias, uso de roupas muito apertadas, reter a urina por longos períodos, esvaziamento incompleto da bexiga e o uso prolongado de sonda vesical (cateter urinário). Doenças e condições clínicas como imunodeficiência, diabetes e cálculos renais também aumentam a vulnerabilidade.

Sintomas da Infecção Urinária

A enfermeira da Medicina Preventiva da Unimed indica que os principais sintomas são: ardência ao urinar, urgência e frequência urinária aumentadas, dor pélvica (no “pé da barriga”), urina turva, mais escura e com cheiro forte, além de hematúria (presença de sangue na urina).

Nos idosos, podem surgir sinais “inespecíficos” de infecção, como mudança de comportamento, agitação, agressividade, ou, ao contrário, sonolência e prostração, podendo estar associadas à confusão mental.

Em casos mais graves, o paciente pode apresentar febre alta (acima de 38°C), calafrios, dor intensa nas costas ou na região lombar, urina com sangue, náuseas, vômitos, mal-estar geral e confusão mental ou sonolência, especialmente entre idosos. “Se os sintomas não melhorarem após 48 horas do início do antibiótico, ou surgirem sinais como queda de pressão e fraqueza intensa, já se pensa em sepse. Nesses casos, é fundamental procurar urgentemente um Pronto Atendimento”, ressalta a enfermeira.

Prevenção

A promoção e a educação em saúde são essenciais no dia a dia e são uma prioridade na Medicina Preventiva da Unimed. “Orientamos quanto aos cuidados para prevenção, como a higiene íntima adequada, a hidratação — beber pelo menos dois litros de água por dia —, não reter a urina por muito tempo, ter cuidados após a relação sexual e reconhecer os sinais e sintomas iniciais”, explica Camila.

Essas orientações são ainda mais enfatizadas para os grupos de risco, além da importância do uso adequado do antibiótico durante o tratamento.

Nas ações preventivas, os profissionais realizam avaliações de saúde, coleta de exames laboratoriais (como os de urina) e acompanham os beneficiários, verificando o uso correto da medicação e o consumo adequado de água. Todas as informações sobre a evolução da doença são comunicadas ao médico e, conforme os resultados, a equipe intervém para evitar internações.

“Devemos sempre nos olhar com carinho em relação à nossa saúde, dedicar atenção ao nosso corpo e ao nosso cuidado. O nosso corpo fala, e o trato urinário é um dos primeiros a dar sinais quando algo está errado. A nossa saúde começa no cuidado diário — e prevenir sempre é o melhor caminho”, finaliza Camila, enfermeira da Unimed.


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