Você já sentiu o estômago pesado após consumir carnes gordurosas ou alimentos ácidos? Atenção: esse desconforto pode ser um sinal de gastrite. Para esclarecer as principais dúvidas, a Unimed Prudente conversou com o médico cooperado e gastroenterologista Dr. Márcio Lemos.
Segundo o especialista, entre 60% e 70% da população brasileira apresenta algum tipo de gastrite. “O principal agente causador está relacionado à bactéria Helicobacter pylori, que se aloja na mucosa do estômago e provoca um processo inflamatório infeccioso. Essa inflamação pode evoluir para úlcera, causando bastante incômodo”, explica o Dr. Lemos.
A contaminação pode ocorrer por meio de gotículas de saliva e, principalmente, pelo consumo de alimentos crus mal higienizados, como frutas e verduras, além do compartilhamento de copos. Os sintomas mais comuns são sensação de estômago cheio, azia, queimação, refluxo e dor abdominal, especialmente durante ou após as refeições.
O médico cooperado alerta ainda para os alimentos que podem agravar a gastrite, como sucos e frutas ácidas, temperos fortes (pimenta, tempero baiano) e gorduras, especialmente em alimentos fritos, pois irritam a mucosa já inflamada. Por outro lado, alimentos cozidos, verduras e frutas bem lavadas e preparações leves são boas opções para quem convive com o problema.
Tratamento e cuidados
De acordo com o Dr. Lemos, é comum que as pessoas sintam o estômago “cheio” ocasionalmente, mas, se o sintoma persistir mais de três vezes por semana, é fundamental procurar um médico. O tratamento da gastrite envolve a eliminação da bactéria com o uso de antibióticos específicos e medicamentos que protegem e restauram a mucosa do estômago. “O tratamento costuma durar entre duas e quatro semanas e tem apresentado excelentes resultados, promovendo o restabelecimento da mucosa e a melhora completa dos sintomas”, conclui o gastroenterologista.
