Emergências climáticas como inundações, secas e tempestades causam muito sofrimento e problemas de saúde mental antes, durante e depois dos eventos. Essas situações geram grande estresse, principalmente pela perda de pessoas queridas, deslocamento ou prejuízo material. Os idosos, jovens e quem já tem alguma condição mental são os mais afetados. O impacto pode durar meses ou anos, afetando não só pessoas, mas famílias e comunidades inteiras. Fatores como a gravidade do evento e problemas sociais ou de saúde mental anteriores influenciam o impacto, embora ainda não se saiba exatamente como tudo isso se conecta.
Ansiedade e depressão
Inundações, secas e eventos climáticos podem causar sofrimento ou adoecimento mental, principalmente por dificuldades econômicas ou deslocamento forçado. Esse estresse pode desencadear ansiedade e depressão, que são as doenças mentais mais comuns associadas às mudanças climáticas.
Pessoas com transtornos mentais, especialmente graves, têm mais dificuldade para lidar com temperaturas extremas, seja frio ou calor. Isso aumenta o risco de crises e internações, muitas vezes devido ao uso de medicamentos que afetam a regulação da temperatura, além do isolamento social e da pobreza.
Estresse pós-traumático (TEPT)
É o transtorno mental mais associado a desastres como enchentes, secas e tempestades. Surge após vivenciar eventos traumáticos e é bastante estudado nesses contextos.
Problemas Psicossociais
Eventos climáticos extremos podem gerar perda de residência e emprego, queda na renda, dificuldade de acesso a alimentos, saúde ou até deslocamento forçado. Esses problemas afetam a saúde mental, podendo levar a comportamentos prejudiciais, como abuso de álcool e drogas, e, em casos graves, até ao suicídio.
Fonte: Mudanças climáticas para profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador